The Uncontainable Project

Coletivos LAUSAC em intervenção coletiva na Australia

Em 2011, o coletivo International Noise Artist Run Initiative foi convidado para expor no Festival da Universidade Verge de Sydney. Utilizando um dos contêiners posicionados ao longo da Eastern Avenue no campus, esse coletivo de arte sentiu que era uma excelente oportunidade para convidar artistas do mundo inteiro para participarem dessa intervenção enviando seus trabalhos que seriam apresentados em forma de paste-up, uma das marcas registradas do grupo.

Cada centímetro de espaço do lado de fora do contêiner foi preenchido com fotocópias A3 dos trabalhos enviados, gerando uma cacofonia de material visual, ocupando cada superfície possível. Semelhante aos billposters que vemos ao longo tapumes ou túneis das grandes cidades, com camadas e camadas de obras de arte.

Em contraste com esta agradável confusão, um grupo de imagens foi instalado no interior do recipiente, depois de uma cuidadosa curadoria. Impressas em tamanho A1, esta é uma exposição mais formal que propõe um confronto entre a arte de rua efêmera e descartável e a prática coesa e fundamentada do processo artistico. Essa exposição no interior do contêiner, com pouca luz, pretende dar a sensação de um túnel subterrâneo. Os dois formatos apresentados lado a lado, representam a beleza escondida no interior e o caos e a desordem do lado de fora.

Graças à internet, mídias sociais e o boca em boca, o convite foi espalhado e teve mais de 150 obras enviadas de todo o mundo incluindo o Brasil, Istambul e EUA, bem como muitos artistas australianos.

Os coletivos LAUSAC apresentados abaixo, foram enviados e participaram dessa mostra no outro lado do mundo. Um dos coletivos foi selecionado para a exposição interna do contêiner.

Assita abaixo o vídeo demonstrando o processo de montagem da mostra.

Visite www.valentinaschulte.com  e veja mais imagens da mostra.

Crazy People – Robert Fludd

Robert Fludd nasceu em Milgate (Kent), Inglaterra, no ano de 1574, sendo seu pai um nobre daquele país. Foi médico, filósofo e escritor – um verdadeiro polígrafo. Viajou pela França, Alemanha, e Espanha, indo depois estabelecer-se em Londres, onde iniciou a sua carreira médica.

Nesta capital europeia praticou a medicina com êxito, e diz-se que combinava a cura espiritual com o tratamento puramente médico. Nos países mencionados, com a convivência de homens de ciência, aperfeiçoou os seus conhecimentos de Filosofia, Medicina, História Natural, Alquimia e Teosofia, que tinha adquirido em Oxford, tornando-se um dos homens mais eruditos do seu tempo.

Adversário dos “peripatéticos” (os que seguem a filosofia de Aristóteles), e em geral de toda a filosofia pagã, introduziu na Inglaterra a filosofia natural e a teosofia de Paracelso e de Cornélio Agripa. Tal como Paracelso, esforçou-se por formar um sistema de filosofia fundado na identidade da verdade espiritual e física.

Nos seus escritos notam-se as antigas doutrinas rosacrucianas que se consubstanciam nisto: o Universo e todas as coisas procedem de Deus – o princípio e o fim de todas as coisas, que a Ele retornarão.

O acto de criação é a reparação do princípio activo (luz), do principio passivo (obscuridade) no seio da unidade divina (Deus).

Para ele, como para qualquer rosacruciano, a unidade de toda a vida é um facto indiscutível. A sua explicação do acto da Criação recorda-nos o princípio do evangelho de S. João, no qual este fala do papel que a Luz (Espírito) e as trevas (matéria) desempenham na Criação do Universo. Fludd diz que o universo consiste em três mundos: o arquetípico (Deus), o macrocosmo (o mundo) e o microcosmo (o homem). Este é o mundo em miniatura. Todas as partes de ambos se correspondem simpaticamente, actuando uma sobre a outra.

Com tais opiniões, dá-nos a entender que também para ele era certa a verdade do axioma hermético: “Como em cima é em baixo, e como em baixo é em cima”.

Diz ainda que é possível para o homem (e também para o mineral e para a planta) sofrer a transformação e obter imortalidade. Ora, isto não é mais que a expressão, por outras palavras, do princípio da evolução. O sistema de Fludd pode ser descrito como um panteísmo materialista apresentado em fórmulas místicas. Isto quer dizer unicamente que, para ele, o Universo material não é mais do que Espírito (Deus) cristalizado, sendo uma coisa vivente e o corpo de Deus, tal como o aprendemos na nossa Filosofia Rosacruz.

Alegoricamente interpretado, o sistema de Fludd contém o significado real do Cristianismo, conforme o revelado ao homem primitivo pelo próprio Deus, transmitido a Moisés e aos patriarcas por tradição, e revelado pela segunda vez por Cristo.

Entre as suas obras figuram: Utriusque Cosmi metaphisica atque technica historica (Oppenheim, 1617); Tracttatus theologiae philosophica (Oppenheim, 1617); Clavis philosophiae et alchymiae Fluddano (Francfrt, 1633), obras nas quais reuniu os dois princípios dominadores da natureza, a simpatia e a antipatia, com a força magnética universal; De Monochordum Mundi (Francfort, 1623), obra na qual compara o Universo com um monocórdio (instrumento musical duma só corda).

É notável a sua interpretação do fogo. Segundo Fludd o fogo contém: 1º – uma chama visível (corpo); 2º – um fogo astral invisível; 3º – um “espírito”. Quando uma chama se extingue no plano material, não faz mais do que passar do mundo visível ao invisível. Com esta interpretação equipara-se aos Rosacruzes, que também foram chamados os “filósofos do fogo”.

O primeiro emblema da Irmandade Rosacruz foi dado a conhecer em 1619, por Fludd, sob a forma de uma cruz com uma rosa ao meio, colocada sobre um pedestal com três degraus.

Entre os seus escritos contam-se mais os seguintes: Tractatus apologeticus (Leyden, 1617), que é a defesa detalhada dos Rosacruzes contra a maledicência e a calúnia dos ignorantes e mal intencionados; Apologia compendiaria fraternitatem de Rosea Cruce suspicionis et infamiae maculis aspersam abluens (Leyden, 1617).

Como bom rosacruz, Fludd mostra o equilíbrio entre o coração e a mente, que a nossa filosofia ensina ser absolutamente necessário para o desenvolvimento perfeito do homem e assim vemos que, apesar de ser um místico, eram também um homem de muitos e variados recursos, e nunca desdenhou as experiências científicas.

Fludd morreu em Londres, no dia 8 de Setembro de 1637.

Fonte: Antiga Sabedoria

LAUSAC ART

Essa é uma Navalhada no vácuo.
Cada uma mede 70 x 70cm,
acrílica sobre maderia recortada.

As Navalhadas no vácuo são uma especulação sobre a relação que os Coletivos Lausac teriam com a teoria das redes, separando a realidade em níveis individuais de consciência, como uma lâmina de papel desenhada em que esses desenhos representam as percepções, recordações e eventos vividos por um indivíduo, como um diário gráfico dissecado.

Coletivos Lausac são desenhos coletivos feitos dentro da Caixa Lausac, uma vídeo instalação onde o público é convidado a entrar numa cápsula (caixa) para desenhar num papel que está sobre um balcão, que possui em seu interior uma câmera de vídeo, que por sua vez reproduz o desenho em um telão fora da cápsula.